lunedì 19 dicembre 2011

FanFicton Chapter #4



          FLASHBACK ON
          8 YEARS AGO



Este foi o seu primeiro caso como Agente do FBI, e apos o final tragico ele desejou que fosse tambem o ultimo. Seeley Booth estava atras do sequestrador de Clarisse Hopkins. Uma jovem e brilhante jornalista que tinha seus minutos contados. Seu irmao e unico parente, John Hopkins, acompanhou de perto as investigaçoes, que levaram ao corpo de sua irma ja sem vida. John culpou o Agente Especial Booth, por nao te-la encontrado a tempo.

Passaram-se 2 anos apos o enterro de Clarisse. Estavamos agora em 2004. Naquele ano se deu inicio a uma serie de assassinatos, todas jovens garotas, sequestradas e torturadas. O caso foi direcionado exclusivamente ao Agente do FBI Seeley Booth, pelo fato das vitimas terem sido encontradas exatamente da mesma maneira de Clarisse. Tinham certeza de que o seu sequestrador havia voltado. Ate que Booth recebeu aquele bilhete.


E junto a carta, uma moeda de 25 cents. Essa era a sua marca.


          FLASHBACK OFF
          PRESENT DAY


O tempo se esgotou. Booth havia falhado. E aquela foi a ultima vitima, ate agora.

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Seeley Booth


Sempre me considerei um cara forte. Antes mesmo de ter sido obrigado a enfrentar uma Guerra. Nunca voltei atras. Sempre encarei de frente todas as ordens. Vacilar em campo, em batalha, nunca foi uma opçao. Mas quando a vida dela estava em jogo era como se o meu mundo desaparecesse, e tudo se resumisse em medo. Nao temia apenas pela sua vida, mas tambem pelo quão miseravel seria a minha se ela nao voltasse.
A Cam pegou o telefone da minha mao antes que ele caìsse no chao. Tudo parecia irreal naquele momento. Nao conseguia me reconectar a realidade. Era dificil acreditar que depois de anos esperando que ela finalmente decidisse ficar ao meu lado, agora existisse alguem que pudesse tira-la de mim.
Respirei fundo, e aos poucos, fui me concentrando na voz de cada um deles. Wendell ja nao estava mais na plataforma. Cam segurava firme o meu braço, estava falando muito rapido, mal conseguia entender. Hodgins pegou o meu telefone e o conectou ao computador. Acredito que estivesse tentando rastrear a chamada. Nao teria sucesso, durou fraçao de segundos. A Angela estava parada a minha frente, olhando fixamente para meus olhos. Pude ver, como se fosse um espelho, o terror que eles transmitiam. Foi so entao que eu voltei. Tudo isso aconteceu em apenas alguns minutos, mas aquela dor que eu senti iria me marcar para o resto da vida.

‹‹ Cam.››
‹‹ Eu sei Booth.›› Bastou um seu olhar para que Angela e Hodgins voltassem ao trabalho.
‹‹ Traga-a de volta.›› Disse Angela antes de descer as escadas da plataforma. Hodgins a seguiu, deixando apenas um olhar de solidariedade pra tras.
‹‹ Seeley, precisamos das suas informaçoes sobre o assass - ›› Prendi a respiraçao ao ouvir essa palavra, ela percebeu. ‹‹ ...sobre o Hopkins.››
‹‹ Os files estao no meu carro, irei busca-los.›› Wendell apareceu na minha frente, afadigado e com os arquivos na mao antes mesmo que eu pudesse me mover.
‹‹ Aqui estao, Booth.››
‹‹ Como voce – Ah, nao importa. ›› Os entreguei diretamente nas maos da Cam, nao era necessario estuda-los mais uma vez. Eu mesmo os tinha escrito.
‹‹ Desculpa, mas a Dra. Brennan uma vez me pediu para pegar alguns arquivos no seu carro. So queria te poupar o tempo de ir busca-los. ›› O fato dele ter invadido o meu carro nao me incomodava tanto quanto o fato de ouvir o seu nome. Apenas acenei e omiti uma resposta.
‹‹ Camille, tudo o que eu sei esta escrito nessas folhas. Eu preciso ir.›› Toda a tristeza que eu senti ha poucos instantes estava se transformando em odio. Era hora de ir atras dele.
‹‹ Espera, Booth. Onde voce vai? ›› Eu ainda nao sabia, e nem pude responder. Ja estava longe quando a ouvi dizer: boa sorte.



 











 
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Temperance Brennan

Levei automaticamente a mao na minha cabeça quando senti aquela forte dor, mas algo puxou o meu braço para baixo impedindo-me de alcança-la. Minhas maos estavam amarradas. Nao tinha certeza do que havia acontecido, muito menos de onde eu estava. Era dificil saber. O que dava para distinguir naquele comodo escuro eram apenas algumas mesas, cadeiras e brinquedos velhos.
Era impossivel me mover, minhas pernas estavam presas na cadeira onde estava sentada. Comecei a entrar em desespero. So o que lembrava era de ter levado uma forte pancada quando estava saindo do carro da Cam. Era inutil tentar me liberar das das cordas. Tudo o que me restava era a voz.

‹‹ SOCORRO! Alguem esta me ouvindo? Tem alguem aì? ›› A porta se abriu. Uma figura encapuzada passou por ela, deixando a pouca claridade iluminar o seu rosto. Era um homem.
‹‹ Por favor, me ajude! Estou amarrada. Meu nome è Temperance, trabalho no Jeffersonian Institute. Fui sequestrada. Me- ›› A sua risada foi algo tao macabro que me paralizou.
‹‹ Temperance Brennan. Nao precisa se apresentar, sei quem voce è. Venho te observado ha muito tempo. ›› Ele foi se aproximando ate ficar ha 1 metro de distancia. Puxou uma cadeira e sentou a minha frente, cruzou as pernas como se estivesse prestes a ter uma conversa com um amigo.
‹‹ Quem è- ›› Senti o meu rosto arder. O estalo do tapa soou em todo o comodo.
‹‹ Me desculpe, querida. Nao è culpa sua, voce nao conhece as regras. ›› O impulso que ele deu para alcançar o meu rosto fez com que a sua cadeira caisse no chao. Agora, de pè na minha frente, ele acariciava a minha bochecha vermelha. ‹‹ Eu falo, voce escuta. Pense muito antes de me desobedecer.... ›› Ele aproximou a sua boca da minha orelha e sussurrou lentamente: ‹‹ As outras nao sobreviveram. ››
Esperou que eu dissesse algo, apenas concordei sem dizer uma so palavra. Sorriu e se direcionou a janela, abrindo a cortina e deixando que o sol penetrasse na sala. Agora era possivel enxergar ela como um todo. Sabia onde estavamos. Algumas semanas atras naquele mesmo edificio foi encontrado o esqueleto de uma mulher, que eu identifiquei ser do seculo XIX. Era uma das salas de Shepherd Elementary School, ja abandonada ha muitos anos. Ficava a quilometros de distancia do Jeffersonian, quase no estado de Maryland.

‹‹ Voce deve estar se perguntando o porque de eu ter escolhido voce. ›› Continuou olhando para for a. ‹‹ Bem, minha querida. A essa pergunta deixarei que o seu namorado responda.›› Olhou para mim sorrindo, quase feliz quando notou o ar confuso na minha voz.
‹‹ Booth.›› Eu era uma isca. Estava ali unicamente para atrair o Booth. E nós dois tinhamos certeza de que ele viria mais cedo ou mais tarde.
‹‹ Nao. Ele nao è- ››
‹‹ … o seu namorado? Desculpe-me querida. Talvez voce prefira chama-lo de “pai do seu filho” ›› Isso era tudo o que eu mais temia. Se a intençao dele era realmente machucar o Booth, qual o modo melhor de fazer isso matando a mim e ao nosso filho?
‹‹ Se voce ousar machucar o meu filho... ›› Ele apareceu na minha frente como um relampago. Estava furioso. Puxou o meu cabelo para tras, e gritou no meu ouvido.
‹‹ VOCE VAI FAZER O QUE? ME MATAR? ›› Abaixou o tom de voz consideravelmente, quase um sussuro. ‹‹ Pois saiba que isso è impossivel. O Seeley ja teve esse prazer anos atras. Matou a mim quando assassinou minha irma. ››
Foi entao que eu me lembrei. John Hopkins. Pensei que fosse so mais uma historia dos anos em que o Booth trabalhou no FBI. Nao sabia os detalhes, mas havia algo que eu poderia usar contra ele.
‹‹ Talvez essa seja a minha vez de matar voce.›› Nao sei se pareceu ironico, mas era essa a intençao. ‹‹ A proposito, como vai a Clarisse? ›› Ele me olhou com puro odio. Com um pedaço de madeira me deu outro golpe na cabeça. E tudo ficou escuro de novo.


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Seeley Booth

“ Eu vou sempre pensar em você e sorrir
E ficar feliz pelo tempo em que eu tinha você comigo
Embora nossos caminhos estejam separados
Eu não vou esquecer, então não esqueça
As lembranças que nós fizemos... “  ♪

Percorri o mesmo caminho feito anos atras. Foi uma busca desesperada atras de um assassino que nao queria ser encontrado. Os ponteiros do relogio marcavam 17:40, e faziam apenas 5 minutos desde que havia controlado as horas. Tinha ainda quase 15 horas para encontra-la. Mas sabia que isso dependia somente dele. Quando chegasse a hora, ele me procuraria. Nao sabia mais o que fazer e estava evitando ir ao Laboratorio, onde me bombadiariam de perguntas que eu ainda nao podia responder. Estacionei o carro em frente ao FBI, e antes que eu pudesse abrir a porta, o telefone tocou.
‹‹ Booth. ››
‹‹ Booth, è o Hodgins. ››
‹‹ Tem algo para mim? ››
‹‹ Entre as roupas da vitima, encontrei traços de Episcia Cupreata e- ››
‹‹ Hodgins. ››
‹‹ Sim? ››
‹‹ Nao me faça te implorar.››
‹‹ Oh. Okay. Se trata de uma planta rarissima que cresce somente nas redondezas de Maryland, devido a baixa umidade que tem na maior parte do ano. Alguns cientistas- ››
‹‹ Conclusao, Hodgins.››
‹‹ Claro. Conseguimos localizar onde elas crescem. Mas estamos falando de uns 300 km de extensao. Poderia ser em qualquer lugar.››
‹‹ Ja tem a hora da morte? ››
‹‹ A Cam disse ter menos de 24 horas. O corpo nao estava em avançada decomposiçao, estava derretendo.
‹‹ Derretendo? Como isso teria acontecido? ››
‹‹ A Episcia Cupreata è um dos compostos principais de um solvente comercial. O corpo provavelmente ficou submerso por varias horas antes de ser jogado na plataforma. ››
‹‹ Entendi. Isso nos ajuda a encontra-lo? ››
‹‹ O solvente talvez nao, mas a planta, como eu disse, è rara. Vamos tentar diminuir a extensao do local onde ela nasce. Talvez- ››
‹‹ - ele ainda estaja por la. Ok, faça isso e me mantenha informado.››
‹‹ Claro. Farei isso imediatamente. Caso voce precise de ajuda, eu posso te encontrar em poucos minutos, meu carro è super rapido e a Ang- Alo? Booth? Voce desligou. ››

Ja estava em minha sala quando desliguei o telefone. “Maryland” esse estado nao me trazia nenhuma lembrança. Continuava a buscar qualquer coisa que me levasse a esse lugar, mas nao podia criar memorias. Era inutil.
Quando sentei na minha poltrona, algo caiu no chao. Era uma caixa, com somente o meu nome escrito sobre o papel marrom que a envolvia. Muito pequena para ser algo perigoso. Havia apenas despertado a minha curiosidade. A abri sem nenhum receio. Dentro havia um pedaço de papel que embrulhava alguma coisa. Quando abri um objeto de metal caiu em cima da mesa. O peguei com cuidado, e senti uma minha barriga gelar quando vi do que se tratava. Era um anel de golfinho. Era o anel dela.
Minha garganta ficou seca, meu coraçao disparou de repente. Havia algo escrito no papel amassado. Tive medo de que aquelas palavras pudessem dizer algo alem do que eu estivesse disposto a aceitar. Continuava a me repetir: “Ela esta bem. Ela esta viva.” Por fim criei coragem para abri-lo. E nele so tinha um endereço.
Nao lembro como cheguei ate o carro, mas estava sem folego. Aquele endereço, ela estava la, eu tinha certeza. Era o momento de acordar desse pesadelo. Tudo o que eu mais queria era poder ouvir a sua voz novamente, poder sentir o seu corpo junto ao meu, o gosto dos seus beijos. Todo aquele momento de tensao se resumia apenas em te-la de volta. Chegava a ser assustadora a tamanha facilidade que eu tinha em trocar a minha vida pela sua. Trocaria sem pensar uma vida inteira por apenas mais 1 minuto ao seu lado. Hopkins tinha razao: ela era o meu motivo, era ela quem me mantinha respirando.
‹‹ Meu Deus, nao deixe que ele a tire de mim. ›› Sabia onde ela estava, mas o medo de como a teria encontrado ainda me consumia.



 
“ Adeus, não há palavra mais triste pra dizer
E é dita para ir embora
Com apenas lembranças
Quem saberia o que estaria por vir?  ♪

Por favor, lembre-se de mim...”
Leann Rimes – Please Remember


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Temperance Brennan


Quando acordei estava sob uma poça de sangue, estava tremendo. Nao fazia ideia de quanto tempo fiquei desacordada, mas ja era noite. Tentei me sentar, mas estava sem forças. Tinha perdido muito sangue e a jurar pela quantidade, nao me restava muito tempo. Nao sabia se ele ainda estava por perto, mas ouvi alguns passos logo apos ter soltado um gemido de dor pelo corte na minha cabeça.
‹‹ Temperance! Sabia que nao tinha sido tao forte assim. Bem vinda novamente a vida, querida. ›› Ele ja estava agachado do meu lado. Passou os dedos pelo o meu rosto, afastando o cabelo.
‹‹ Booth... por favor...eu quer- ›› Nao conseguia terminar a frase, minha garganta estava seca, meus dentes batiam um contra o outro. Estava entrando em estado de choque.
‹‹ Nao se preocupe, querida. Ele ja esta a caminho. ›› Senti um alivio ao redor dos meus pulsos, ele desamarrou as cordas da minha mao. Nao sabia se as minhas pernas ainda estavam presas, mal podia senti-las. E ele tambem sabia que eu estava morrendo. Sabia que nao poderia fugir.
‹‹ Preciso de um hospital. Por fa- ›› respirei fundo, buscando toda a força que ainda possuia. ‹‹ Meu bebê. Me ajude. ›› Ouvi um barulho de algo se quebrando, parecia uma porta. Ele ficou de pè e olhou para tras.
‹‹ Desculpe, querida. A vida do seu filho depende dele. ›› Era ele. Era o Booth. Finalmente ele tinha me encontrado. Tentei de todos os modos gritar o seu nome, mas devido as minhas condicoes, os gritos viraram sussurros.
Eu nao podia desistir agora, meu filho dependia de mim, dependia da minha sobrevivencia e a minha vida dependia do Booth. Eu sabia que ele viria, ele nunca iria desistir. Eu tambem precisava ser forte. A essa altura as lagrimas ja estavam rolando pelo o meu rosto. Acariciei a minha barriga sutilmente, talvez na esperança que de algum modo ele entendesse que precisava lutar. “Nao desista, por favor.” Foi entao que eu o ouvi gritar o meu nome:
‹‹ BONES! BONES? ›› Era inexplicavel o poder que a voz dele tinha sobre mim. So de ouvir o meu nome, dito por ele, me senti mais forte. Ele estava ali por mim, por nós. E eu o amava.
‹‹ Aqu- ›› Estava me sentindo tonta. ‹‹ Booth, estou aqui.›› Esperava realmente que ele pudesse me ouvir.
‹‹ BONES!.›› A voz dele estava mais forte, ele estava por perto.
Hopkins, por sua vez, estava pronto para recebe-lo. A arma estava apontada para a porta, a trava de segurança estava abaixada. Assim que o Booth entrasse ele atiraria. Ver o amor da minha vida morrer na minha frente, sem que eu fizesse nada para impedir, nao era algo que eu pudesse aceitar.
Olhei em volta na esperança de encontrar algo que pudesse feri-lo. So o que tinha jogado pela sala eram alguns pedaços de ferro e madeira. Teria que ser o suficiente. Peguei entao o que parecia ser a perna de uma cadeira, um metal enferrujado de um tamanho suficiente para no minimo assusta-lo. Apoiei uma mao no chao e com a outra segurava firme a minha arma. Fui me arrastando ate quase meio metro de distancia, mal conseguia me equilibrar sobre as minhas pernas. O lancei com toda a força que me restava naquele momento. O pedaço de ferro pegou no ombro direito de Hopkins. Ao se assustar ele puxou o gatilho. No mesmo instante minhas pernas me abandonaram e eu caì ajoelhada pelo chao. O barulho ensurdecedor do disparo fez meus ouvidoz zumbirem. Mas foi o que chamou a atençao de Booth. Em menos de segundos ele estava dentro da sala.
‹‹ BONES!.››
‹‹ BOOTH, CUIDADO!.›› Hopkins ainda estava com a arma apontada para a porta. Pude ver de relance o seu sorriso, ele tinha planejado aquela cena.

‹‹ Selley Booth. É um prazer reve-lo.››
‹‹ Acabou, John. Abaixe a arma..››
‹‹ Acabou para voce, meu amigo. ›› Ele carregou a arma. Eu ouvi tres tiros.

-
‹‹ Booth? ›› Silencio.‹‹ BOOTH! ››
‹‹ Estou aqui, Bones. ›› Ele se ajoelhou ao meu lado, me pegou em seus braços e, com cuidado me abraçou.
‹‹ Voce esta ferido? ›› Os seus olhos estavam cheios de lagrimas, porem aterrorizados. Ele me segurou firme pela cintura, e deslizou os dedos pelo meu cabelo. A sua mao saiu coberta de sangue.
‹‹ Bones...››
‹‹ Eu – eu estou bem. Nao sinto mais dor.›› Realmente nao sentia, e isso nao era bom.
‹‹ Meu amor, voce vai ficar bem. Bones, nosso filho vai ficar bem. Eu prometo. ›› Ele me abraçou forte. Tudo o que eu queria era permanecer em seus braços pelo tempo que me restava.
‹‹ Voce fez a minha vida valer a pena.›› Sussurrei em seu ouvido, e ele me apertou contra o seu corpo. Tentei forçar um sorriso para tranquiliza-lo, mas o terror nos seus olhos ficaram ainda mais intensos.
‹‹ Nao quero que voce pense que seja um adeus, mas preciso dizer que te amo. Voce nao vai a lugar algum...›› E tudo se tornou silencio.






TWOWEEKSLATER     
 BOOTH'S PLACE


Temperance Brennan


Nao tinha concordado em me mudar definitivamente para o apartamento do Booth, mas ao passar pela porta, aquela sensaçao de lar me surpreendeu. Ainda nao sentia que aquele lugar de fato me pertencia, mas nao havia nada que me transmitisse mais segurança do que a sua casa.
Depois de insistir no fato de que eu estava perfeitamente bem, o Dr. Sloan resolveu me liberar. Eu e o bebê so levamos um susto, um grande susto. Perdi muito sangue, o que derivou a fraqueza e a perda de consciencia, mas de acordo com o medico, nao corriamos risco de vida. Obviamente isso nao bastou para tranquilizar o Booth, que fez com que eu permanecesse enclausurada no hospital por quase 1 semana. Tive que sair de la, nao aguentava mais toda aquela atençao. Mas o Booth ainda pensava que eu estava internada. O que devo dizer, foi uma pessima ideia.

Nao deu tempo nem de tirar o casaco e ele ja estava me ligando. Pensei duas vezes antes de atender. Sabia que estava furioso.
‹‹ Oi Booth.››
‹‹ Bones - Oh meu Deus, Bones! Onde voce esta?››
‹‹ Em casa Booth. Onde mais pod- ››
‹‹ No hospital, por exemplo. Acabei de falar com o seu medico. Porque nao me disse que ia ter alta? ››
‹‹ Desc- ››
‹‹ Okay, me espera em casa. Nao saia daì. Ja estou chegando.››

Definitivamente nao tinha sido uma boa ideia. Nao podia fazer nada alem de esperar. Ja tinha preparado o discurso. O plano era nao dar espaço para ele falar. Ele iria me entender. Foi uma escolha completamente racional. So o que eu fiz durante os minutos seguintes, foi ficar sentada no sofà da sala a espera dele.
Um barulho de chave na porta. Engoli seco.
‹‹ Oi.. Oi Booth.›› Sorri timidamente. Ele parecia chateado. Jogou a chave sobre a mesinha da sala, me olhou nos olhos e respirou fundo.
‹‹ Bones...››
‹‹ Booth, eu sinto muito. Pensei que nao fosse se importar. Voce disse que iria para o FBI, e eu nao quis incomodar. ›› Ele apenas balançou a cabeça. Eu me levantei, estava começando a ficar aflita. Ele nao era de ficar em silencio.
‹‹ Booth?›› Me aproximei, dando a volta na mesa.
‹‹ Bones...Eu quase te perdi. Voce desapareceu, eu nao sabia onde estava. Voce tem noçao do medo que eu senti quando nao te encontrei no leito do hospital?›› Ele abaixou a cabeça e, apesar de ter planejado uma resposta, o fato dele estar decepcionado comigo me fez perder a voz. Nenhuma das minhas justificativas seriam o suficiente.
‹‹ Nao achei que fosse importante pra voce me acompanhar em casa.›› Nao conseguia entender. Ao meu ver nao tinha feito nada grave.
‹‹ Importante? Claro que è importante acompanhar a minha mulher em casa depois dela ter sido sequestrada e - ›› Foi ele mesmo quem se interrompeu. Olhou nos meus olhos e continuou. ‹‹ … quando voce estava em meus braços, coberta de sangue, eu implorei a Deus que ele nao te levasse. Por um segundo eu cheguei a pensar que voce nao sobreviveria.››
‹‹ Talvez isso eu entenda. Sei como è ter alguem que voce ama morrendo em seus braços. ›› Nunca superei o momento em que pensei te-lo perdido. Meus olhos se encheram de lagrimas. ‹‹ Booth, eu sinto muito.››
Jurava ter visto um breve sorriso em seus labios. Ele levou a sua mao junto a minha e a acariciou delicadamente. Deu um passo a frente, e eu pude sentir o seu perfume. Respirei fundo esperando que ele quebrasse o silencio.
‹‹ Sim. Acho que voce entendeu essa parte. ›› Ele deslizou as pontas dos dedos pelo meu rosto, enxugando com ternura a lagrima que o percorrera. ‹‹ Mas o que mais me assusta...›› continuou ‹‹ è voce nao ter ideia do que significaria a minha vida sem voce. ›› Senti seus labios em minha bochecha. Foi aquele beijo que me tranquilizou.
‹‹ Voce nao esta com raiva. ›› Jurava ter dito isso apenas em pensamento. Percebi que tinha sido em voz alta quando ele me puxou pela cintura, colando meu corpo no seu e sussurrando em seguida no meu ouvido.
‹‹ Eu te amo. ›› Senti um arrepio quando a sua respiraçao quente percorreu a minha orelha. Engoli seco. Ele continuou. ‹‹ Nao quis alterar a minha voz. Tudo o que voce ouviu foi apenas uma consequencia do meu medo. Nao quero te perder, Temperance. Me recuso a viver sem voce. ›› Senti as suas maos embaixo do meu casaco, seus dedos pressionavam as minhas costas. Suspirei fundo. Estava se tornando dificil prestar atençao em cada palavra. ‹‹ E se voce pudesse sentir o que eu estou sentindo neste exato momento, talvez, voce - ›› ele aproximou seus labios dos meus. Deixei escapar um sorriso de lado. Ele nao notou.
‹‹ . . .compreendesse o quanto voce me deseja. ›› Completei a frase. Ele sorriu, erguendo a sobrancelha. ››
‹‹ Bem, isso de fato è- ››
‹‹ Faça amor comigo, Booth.›› O interrompi.
Ele ficou serio, em silencio, mas seus olhos me diziam tudo. Levou as maos nos meus ombros e lentamente foi deixando o casaco cair pelos meus braços, ate atingir o chao. Nao conseguia desviar os meus olhos dos seus, era como se me hipnotizassem.
Quase sem me tocar, senti os seus dedos percorrerem as minhas coxas, ate a parte baixa das minhas costas. Ele pressionou o meu quadril junto ao seu, fazendo com que eu sentisse cada curva do seu corpo. Nesse momento minha mao ja estava entrelaçada em seu cabelo, e minha boca procurava desesperadamente pela sua.
A sua lingua quente e macia acariciava cada centimetro da minha boca. Impossivel acostumar com os seus beijos. Seus labios deslizaram ate o meu pescoço, naquele momento eu era completamente sua. Uma leve mordida e um gemido invadiu a sala.
‹‹ Tire a roupa. ›› Era absurdo o quanto o meu corpo desejava o seu.
‹‹ Nao prefere ir pro- ›› Ele nao completou a frase, eu havia tirado a blusa e ja estava com as maos no fecho da sua calça. Mordi o seu labio, sorrindo.
‹‹ Nao. Eu te quero aqui e agora. ›› Ele estava nu na minha frente e eu, explorando o seu corpo. Enquanto suas maos desabotoavam o meu sutia, as minhas percorriam a sua barriga, descendo lentamente, passando em volta do umbigo e caindo ate a virilha. Ele suspirou. Eu o acariciei.
Me tomou em seus braços, e pude sentir o quanto ele me desejava. Eu estava deitada no sofa. Ele estava deitado sobre mim. E entre os nossos corpos nao havia nenhum espaço.
Ele segurou os meus braços acima da minha cabeça, e com a boca, foi descendo pelo meu corpo, passando pelos meus seios , deslizando a lingua pela minha barriga, chegando bem prox- ‹‹ Hmm... ›› Ele parou por um instante e me olhou sorrindo.
‹‹ Paro? ›› Ele estava entre as minhas pernas e segurava firme as minhas coxas. Mordi o meu labio.
‹‹ Quer que eu implore? ›› E ele me levou a loucura.
Eu tremia. Um desejo interminavel de que ele invadisse o meu corpo se tornava cada vez mais presente. A sua boca molhada beijou a minha, seu corpo estava novamente encaixado no meu. Ele entre as minhas pernas, meus seios tocando o seu peitoral. E seus olhos, que capturaram novamente os meus. Acariciei o seu rosto, com um sorriso nos labios. Eles me perguntavam algo que ele ja sabia a resposta, mas insisti em dizer: ‹‹ Sim. Eu quero voce. ››
Dito isso eu pude finalmente sentir ele completamente e intensamente dentro de mim.
Um suspiro.
Um gemido.
O suor que escorria pelo meu corpo e misturava ao seu. Era impossivel dizer onde eu começava e ele terminava. Eramos um so. Nos amamos, nos envolvemos, nos pertenciamos.
Um ultimo gemido e o seu corpo caiu sobre o meu, a sua respiraçao ofegante acompanhou as batitdas ainda freneticas do meu coraçao, que ao pouco foram se acalmando. Ainda sobre mim, ele beijou os meus labios.
‹‹ Eu te amo. ›› Disse serio olhando fixamente em meus olhos. ‹‹ Eu te amo. ›› Respondi com um sorriso. Ele me deitou sobre o seu peito, entrelaçei o meu corpo ao seu e o abraçei. Naquele momento senti que nada poderia me acontecer. Descobri que ele era a minha força, era ele o meu refugio. O amava incondicionalmente.
E entao me adormeci, ouvindo o seu coraçao bater...